Abrir espaço para a felicidade

Abrir espaço para a felicidade
Quando os braços baixam, algo mais se poderá erguer. Se a coragem não faltar, o Homem realizará a sua obra

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ego, para que serves tu ...

Terapia é basicamente uma função de amor e o amor flui somente quando não há ego. Só pode ajudar a outra pessoa na medida em que não se é egoísta. No momento em que o ego entra, a outra pessoa (doente, paciente, ou como queiram, a pessoa que no momento está precisando de ajuda) torna-se defensiva.
O ego é agressivo : cria uma necessidade automática no outro de ser defensivo. O amor é não-agressivo, ajuda a outra pessoa a permanecer vulnerável, aberta, não-agressiva. Portanto, sem amor não existe terapia.
Terapia é uma função do amor, logo com ego não se pode ajudar, pode-se inclusivamente obstruir seu tratamento, seu crescimento.
A Psicologia ocidental ainda pensa em termos de um ego saudável, mas o ego nunca pode ser saudável. O ego em si é doença. Pensa que as pessoas estão a sofrer de egos fracos. Não se sofre de fraqueza do ego, mas de muito egoísmo.
A sociedade é orientada pela mentalidade masculina, pela agressividade, o único desejo da sociedade é conquistar, para isso tem de abandonar tudo o que é feminino em si, isto é metade do seu ser, e viver com a outra metade. Uma metade nunca pode ser saudável, porque a saúde vem da totalidade.
O Feminino tem de ser aceite. O feminino é o não-ego, a receptividade, o amor.
Uma pessoa realmente saudável é aquela que está equilibrada entre o masculino e o feminino. Não se pode categorizá-la. Ela é plena e sã. No oriente ela é olhada como o Mestre.
O oriente criou o Mestre, o ocidente criou o psicoterapeuta.
Quando as pessoas estão mentalmente perturbadas no Ocidente vão a um psiquiatra; no Oriente vão a um Mestre.
A função do Mestre é totalmente diferente da função um psicoterapeuta. O Mestre não ajuda a conseguir um ego mais forte.; na verdade ele fá-lo sentir que o ego que você tem já é de mais, que você precisa de o abandonar, de deixá-lo ir.
Uma vez que o ego foi abandonado, você é uno e fluidico. Deixa de existir bloqueio e obstáculos.
Se o próprio terapeuta é egoísta, ambos são prisioneiros. As suas prisões são diferentes, mas elas não podem ser de grande ajuda.
O amor relaxa o outro. O amor dá confiança ao outro. O amor banha o outro, cura as suas feridas, coloca sua energia em contacto com a fonte.
António

Preferência

O Diário de Notícias publicou ontem o resultado de uma sondagem sobre a adesão dos portugueses às terapias não convencionais. Àparte desta definição, que não comento porque identifica junto do leitor - embora primariamente - o que fazemos, o que realço é a vontade de mais de 80 por cento dos inquiridos pela regulamentação e reconhecimento por parte do ministério da Saúde.
A regulamentação e reconhecimento são muito importantes porque garantiriam aos utentes profissionalismo e uma formação sólida do terapeuta. O utente deve, por isso, pedir sempre a credenciação de quem o trata. Esta 'oficialização' permitiria ainda colocar em pé de igualdade o sector de saúde, em todas as suas vertentes, nomeadamente no que diz respeito à prestação do IVA entregue ao Estado. Os profissionais de medicinas alternativas, quando prestam o serviço, pagam 21 por cento sobre o serviço prestado; ao invés, na medicina convencional, os médicos estão isentos !
Parece-me ser justa uma equivalência mais razoável, até porque se sabe que, em muitas circunstâncias e em muitas áreas, a nossa actuação é decisiva para a saúde de quem nos procura. Já para não falar de ser mais saudável e holística.
Por isso, pede-se a quem de direito uma maior consciência do papel da medicina natural no mundo. Enquanto isso, nós continuamos a trabalhar para o bem-estar do paciente.
Com muita paciência!
Paula

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Até as formigas querem água!


Os últimos meses têm sido pródigos em acidentes rodoviários, incêndios, alergias e outros tantos acontecimentos que, a meu ver, se ligam à ausência de chuva. A água tem um aspecto regenerador, purificante e calmante de que o Outono necessita desesperadamente. O calor, pelo contrário, tende a expandir energias e alertar o Yang (movimento) geral. As estações amena e fria são, em MTC, sinónimo de recolha, de introspecção e de chuva.

Um amigo dizia-me ontem, espantado, que as formigas pupulam em sua casa. Sobretudo quando a casa está bem limpa e lavada! E surgem em locais húmidos, como o lavatório, lava-loiça, sanita!

A verdade é que em Novembro, a chuva deveria já ser uma presença constante. Assim o dizem os meteorologistas e assim o sentimos, nós e as formigas.

Que tal fazermos uma dança da chuva conjunta?

domingo, 4 de novembro de 2007

A visão mais estreita

Vinha ontem, na revista «Perspectiva», um trabalho sobre a Esclerose Múltipla. Mais do que as informações sobre a doença, o desabafo ali expresso dizia respeito à não aceitação dos médicos de uma eventual cura para doença, proposta por um não médico. Ou melhor, da rejeição pura e simples de mera audição ou leitura da proposta avançada por um então terapeuta, relatado por um enfermeiro no hospital de São José.
Não se pode dizer que isto espante. Aconteceu há uma dezena de anos, mas podia bem ser uma história de hoje. As chamadas doenças incuráveis generalizam tanto as situações que impedem a visão particular do indivíduo, estereotipando e catalogando os sintomas todos no mesmo saco e, por isso, impedindo a renovação estratégica e as aproximações diferenciadas.
A revista, inserida no jornal «Público», inclui nesse trabalho a terapia sugerida pelo terapeuta e devidamente registada, baseada nas pesquisas de Rudolf Arndt e Hugo Shultz (datadas do final do século IXX e início do XX) sobre a influência das microcorrentes de baixa voltagem na regeneração tecidular.
Por todas as pessoas a quem foi diagnosticada a doença e por aquelas futuramente afectadas, valeria a pena estudar mais a fundo o que ali se propõe.
Paula

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Elogio a um médico

Escrevi já textos mais ou menos indignados a propósito da prestação dos médicos de medicina convencional. Desta vez, farei o contrário.
Um familiar próximo tem um tumor maligno, ao qual já foi operado, seguindo-se a habitual quimioterapia. Acompanhado desde há 4 anos em São José, 'caiu' nas mãos de Mário Fernandes, um médico e homem humilde e absolutamente humano. Ressalvo esta última característica, porque não a tenho visto muitas vezes em profissionais desta área, sobretudo na oncológica.
O dr. Mário 'leu' o paciente desde o primeiro instante. Falou comigo e traçou-me o panorama que se adivinhava, sem nunca perder de vista que estava a falar de uma pessoa importante para mim. Apaziguou-me o coração, embora as esperanças de uma recuperação total fossem diminutas. A medicina chinesa actuou, mas sempre com um paciente desesperançado e pouca vontade de seguir em frente.
E assim correram os meses, sentindo a família e o próprio doente a dureza do percurso. Hoje, o dr Mário chama-me para mais uma conversa particular. Aproxima-se a fase em que pouco mais há a fazer do ponto de vista médico ocidental. A radio e a quimio enfraquecem ainda mais o paciente, a serem feitas, pelo que não são opção. Deste lado, espera-se isto mas, afinal, nunca se está realmente à espera. Resta agora proporcionar ao paciente o conforto possível e esperar que ele viva para conhecer o neto que virá em Fevereiro.
Obrigada dr. Mário Fernandes por ter tido a capacidade de me apaziguar o coração e por sentir, como eu, que o paciente também o escolhe e, por isso mesmo, tem de lhe dar tudo o que tiver de melhor.
Paula

sábado, 1 de setembro de 2007

Qi Gong - A Via da Serenidade e da Graciosidade!

Há, sem dúvida, diversas maneiras de influenciar a energia vital do organismo..
Na Medicina Tradicional Chinesa, a Dietética, a Tui Na (massagem terapêutica), a Fitoterapia, a Acupunctura e o Qi Gong têm uma importância fundamental no reequilíbrio do Qi e, como tal, na manutenção e no restabelecimento da saúde.
Debrucemo-nos, por ora, sobre o Qi Gong...
Muitas têm sido as tentativas de o definir... Sendo que Qi significa literalmente "energia" ou "sopro vital" e Gong se refere a "prática", "exercício" ou "domínio", talvez possamos definir, então, Qi Gong como "exercício ou domínio da energia, ou "controlo do sopro vital".

Mas o Qi Gong é muito mais do que isso e não se limita a um conjunto de movimentos corporais mas é, antes de tudo, uma atitude visível, consciente e presente no comportamento de todos os dias.

As suas origens remontam à sabedoria de grandes mestres taoistas e do pensamento filosófico que os guiou numa via de conhecimento da natureza humana e os ligou harmoniosamente à sabedoria da Mãe Natureza e ao Cosmos. Um dos objectivos do Qi Gong é o de nos" religar" de novo à Natureza e de, com ela, sermos capazes de viver em harmonia.

Este "trabalho sobre a energia", que é parte integrante da MTC, faz parte de uma tradição milenar e é praticado na China por milhares de pessoas que sentem a sua eficácia e que, de forma graciosa, preservam a sua saúde. A prática regular do Qi Gong, para além de nos tornar mais conscientes da nossa condição no Mundo, permite restaurar o equilíbrio emocional, fortalecer o sistema imunológico, aumentar a flexibilidade articular, eliminar dores, melhorar a vitalidade do ser humano e assim prolongar a vida de forma saudável.

Inúmeros artigos do foro científico comprovam que a actividade física suave e regular e a meditação (parte integrante do Qi Gong) , libertam substâncias químicas (as endorfinas) no nosso organismo que nos proporcionam uma sensação de bem-estar e de prazer e nos devolvem a harmonia corporal, (tantas vezes em desequilíbrio devido às pressões do dia-a-dia..), a serenidade e a leveza necessárias a uma vida mais focada e mais consciente, tanto a nível pessoal como social.

A prática regular do Qi Gong conduz-nos a uma via de serenidade e tranquilidade, harmoniza corpo, mente e espírito, religa-nos à Natureza, dá-nos uma maior consciência do nosso lugar no mundo e traz-nos uma paz de espírito interior que nos permite regressar a um estado mais natural e viver mais felizes.

Numa das minhas estadias na China, tive o privilégio de conviver com um mestre de Qi Gong, de com ele poder praticar esses graciosos movimentos (que, na altura, ainda não me eram tão familiares..), e de observar esse jovem senhor de 76 anos em níveis de meditação tão profundos e a mover o seu corpo com uma flexibilidade e leveza tais que me deixaram absolutamente fascinada. Tive a oportunidade de conviver também com os seus filhos que me mostraram, orgulhosos, um artigo de um jornal em que se via o seu pai num movimento de elegante ave e em cujo cabeçalho se lia "Growing old gracefully" ( "envelhecer graciosamente")... Não consigo imaginar um título que melhor se coadunasse à sua maravilhosa condição fisica e espiritual!!

Vamos fazer Qi Gong e preservar a nossa saúde como fazem os chineses há muitos milhares de anos e, como eles, desacelerarmos o processo de envelhecimento e viver uma vida longa, saudável, serena e graciosa?

Elisa

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A ciática e a habituação

A inflamação do nervo ciático - ou a dor ciática como lhe chamamos de forma comum - é uma patologia que merece atenção. Não apenas pela incapacidade e dor que provoca, mas também porque os movimentos limitados causam uma espécie de habituação, que é também defesa.
Eu explico: dos vários pacientes que me chegaram com esta patologia, que a MTC encara de uma forma para lá da meramente orgânica, todos se auto-limitavam à partida, assumindo a sua incapacidade de uma forma castradora. Embora, efectivamente, não seja fácil encará-la pacificamente, parte da estratégia de tratamento (a par do desbloqueio das áreas afectadas)reside na capacidade de não condicionar nenhuma acção, física ou mental. Por isso, há pacientes que ficam bem quase imediatamente e outros para quem o alívio é mais moroso.
Mais uma vez, a cabeça é que manda! A vontade do paciente é absolutamente imperiosa para tratar esta patologia, tal como todas as outras. A responsabilidade do terapeuta é a de encontrar a melhor forma de o conseguir.
Paula

terça-feira, 21 de agosto de 2007

O que é ser verdadeiramente saudável?

Realmente a saúde acontece em algum lugar dentro de nós. Poderá considerar-se que a sua subjectividade em termos de consciência não conhece nascimento, nem morte. Ela é efectivamente eterna.
E ser saudável na consciência significa :
Primeiro: estar atento;
Segundo: ser harmonioso;
Terceiro: ser silencioso;
Quarto: ser compassivo.
Se estes quatro factores estão preenchidos, a pessoa é internamente saudável.
Quando se pergunta a um médico o que é a saúde, normalmente ele responde somente que a saúde é a ausência de doença. Mas esta definição é negativa.
Não está correcto definir saúde em termos de doença. A saúde é uma coisa positiva, um estado positivo. A doença é negativa. Saúde é a nossa natureza. A doença é uma invasão na natureza. Assim, é muito estranho que tenhamos de definir saúde em termos de doença. A saúde coexiste connosco, a doença vem ocasionalmente.
Paracelso costumava dizer que a saúde precisa de ser definida positivamente. “Até conhecermos o estado da sua harmonia interior, podemos no máximo libertá-lo das suas doenças - porque a harmonia interior é a fonte da saúde. Mas, quando o libertamos, irá imediatamente apanhar outra, porque nada foi feito em relação à sua harmonia interior. O ponto em questão é que a sua harmonia interior precisa de ser sustentada”.
A ciência médica ocidental tem visto o Homem como uma unidade separada – aparte da natureza. Esta é uma das grandes falhas que foram cometidas.
O Homem é parte da natureza; a sua saúde não é mais nada além de estar bem com a natureza.
O Homem não é uma máquina, é uma unidade orgânica e não precisa de tratar apenas o que está doente. A parte doente é apenas um sintoma de que o organismo inteiro está em dificuldades; e está a demonstrar isto porque ela é a parte mais fraca. O Homem é um todo; ou está doente ou está saudável.
A acupunctura desenvolveu mais de setecentos pontos que foram descobertos no corpo do Homem. O corpo do Homem (e da mulher) é um fenómeno bioeléctrico, vivo.
Tem uma certa electricidade – por isso podemos chamá-la ‘bio-electricidade’. Cada ponto relaciona-se com alguma parte do corpo que pode estar muito longe dele.
A Acupunctura é holística. Quando se toma o Homem como máquina, obtém-se uma visão parcial dele. Se a sua mão está doente, apenas trata a mão; não se preocupa com o corpo todo, do qual a mão é apenas uma parte. A visão mecânica é parcial.
Ela é bem sucedida, mas o seu sucesso não é real porque a mesma doença que foi reprimida na mão pelo medicamento, cirurgia e outras, começa a expressar-se noutro lugar de uma forma pior. Assim , a medicina desenvolveu-se imenso; a cirurgia tornou-se uma grande ciência, mas o homem sofre de doenças, enfermidades, mais do que nunca.
Este dilema pode ser entendido. O Homem deveria ser tomado como um todo, tratado como uma unidade orgânica. Mas o problema da medicina moderna (ocidental), é que ela não pensa que temos alma ou mais alguma coisa mais do que a estrutura Corpo - Mente.
As emoções (negativas) afectam-nos bastante criando imensas desarmonias, dificultando o bom funcionamento do organismo, do todo.

António

sábado, 18 de agosto de 2007

Sabe o que é TuiNa?

A massagem, Tui Na na MTC, é uma arma terapêutica poderosa. Aliás, como o toque na sua essência. Hoje, depois de alguns anos a trabalhar, desde o estágio supervisionado na ESMTC até agora no meu próprio espaço, considero fundamentais os movimentos aprendidos e aqueles que cada um de nós vai aperfeiçoando como «os seus».
A TuiNa sempre foi a principal ferramenta empregue no meu trabalho. É através da massagem que sinto maior a minha ligação ao paciente e acredito que o reverso seja igualmente verdadeiro.
Deparo-me, frequentemente, com pessoas que se lembram de nós como os terapeutas da massagem. Por mim, não há problema. É um nome saudável esse.
Por isso mesmo, os terapeutas da Anmian decidiram abrir aos primeiros 40 utentes que nos telefonarem a oportunidade de experienciar a TuiNa. Deixemo-nos de teorias! Com todo o gosto, abrimos a nossa aprendizagem e sentidos aos novos conhecimentos. Experimente!
Paula

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Outra visão da depressão

Um site internacional de bastante renome na área da saúde - que difunde notícias nessa e noutras áreas - diz o seguinte: «As causas da depressão não são completamente conhecidas, mas a comunidade científica está de acordo com o facto dos factores genéticos e ambientais estarem implicados. A exposição a experiências traumáticas é um dos riscos que, neste relatório, surge ligada à depressão».
Uma equipa dirigida por professores de Medicina Legal, Toxicologia e Psiquiatria de Granada, reconfirma num estudo a relação existente o gene transportador da seretonina e a exposição a acontecimentos traumáticos, na determinação do estado depressivo.
Esta é, no meu entender, uma notícia com algum valor. Não é que não fosse conhecida, mas enfatiza agora a exposição à violência como um dos factores de maior stress. Acredito que a psicoterapia é uma arma poderosissíma na resolução destes problemas e até me atreveria a confessar que o anti-depressivo é, para determinadas pessoas e num curto espaço de tempo, eficaz. Considero, ainda, que todas as armas, usadas com consciência e sem subterfúgios, podem ser inclusas.
Abrimos a discussão!
Paula

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Cabra melhor que vaca

Finalmente! Parece ter sido demonstrado que o leite de cabra é mais benéfico para a saúde do que o de vaca, sobretudo na luta contra a anemia e a desmineralização óssea. A área da Dietoterapia da MTC já diz isto há muito tempo.
Os pesquisadores na Universidade de Granada realizaram um estudo comparativo entre as propriedade de um e de outro leite, utilizando ratinhos com anemia ferroprivada, provando-se que o leite de cabra favorece a utilização digestiva e metabólica dos minerais, como o ferro, o cálcio, o fósforo e o magnésio.
Parte dos resultados desta pesquisa foram já publicados no «International Dairy Journal» e no «Journal Dairy Science».

Estranha forma de desempenho

Continuam a surpreender-me os relatos que os meus pacientes fazem da relação - ou falta dela - com outros colegas, sobretudo da medicina alopática.
Um dia destes, uma paciente (que tratei em tempos, ficou bem e só passado uns largos meses voltou) visitou-me com queixas de infertilidade. Questionei-a sobre os valores das análises e o diagnóstico a que os especialistas chegaram, bem como a função dos medicamentos que lhe haviam receitado e, para meu espanto meu, disse-me que não sabia o que tinha, nem o porquê de não engravidar. «Que exames fez?», inquiri. «Apenas análises ao sangue», respondeu-me.
Pois bem. Estou chocada mesmo. Percebo que haja situações em que a estratégia junto do paciente envolva alguma serenidade na abordagem e na terapêutica, mas tenho a certeza absoluta que o paciente tem de estar profundamente envolvido no processo de cura para que ela aconteça. Não pode ser de outra maneira, porque cada um de nós é responsável por si próprio, quer seja na saúde ou na doença.
Um amigo, o JM, diz isso mesmo, e eu acredito!
Paula

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Abertura a outros mundos que, afinal, são um só

É interessante notar a atitude dos médicos de medicina alopática (vulgo ocidental) perante a declaração da prática de MTC. Por estes dias, um disse-me que todas as medicinas são naturais. Bom ponto de partida para um confronto de ideias. A natureza, significando para mim aquilo que está para além da vontade estrita do Homem, é vista em MTC como o princípio e o fim de tudo, partindo da sua observação as principais teorias que a suportam. Toda a nossa prática visa o restabelecimento do equilíbrio natural do indivíduo: o encontro com a sua própria natureza e identidade. Eu própria conheço alguns médicos que o fazem zelosamente. E alguns vão tendo desabafos como este: «Hoje em dia, acredito apenas na cirurgia», referindo-se à pouca eficácia dos outros recursos da medicina convencional, nomeadamente dos fármacos.
Como eu, os leitores conhecerão casos de prescrição desmedida, cirurgias ao membro errado e negligência no atendimento, muitas vezes por más condições de trabalho.
Aceito e não duvido que todos os que desempenham tarefas nesta área o façam com o objectivo de melhorar a vida de outrém. Mas era bom que cada um dos oceanos que compõem a medicina do mundo, pudessem fazer parte de um só mar, por forma a aumentar valências e vontades.
Paula

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Empregar conhecimentos para saber mais

Pode parecer estranho o título, mas quanto mais trabalhamos - não apenas na área da saúde, mas em todas as tarefas que exigem uma dedicação superior - mais aprendemos. Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é assim; não só o temos constatado, mas também o alimentamos.
A máxima de «só sei que nada sei» é uma ferramenta indispensável a quem questiona permanentemente os diferentes cursos do mesmo rio. E embora utilizemos o saber patenteado pelos chineses desde há séculos, temos igualmente presente que cada indivíduo é um só, diferente de todos os outros e, por isso, com necessidades díspares no tratamento, que visa sempre a sua maior integração na Natureza. Sobretudo na sua e na do Universo.
Partindo destas permissas, a anmian (sono pacífico, em chinês) deseja que o seu papel seja o de encaminhamento e de abertura que visem o bem estar e a consciência de quem escolhe vir até à Rua da Glória. Estamos sempre por aqui!
Paula

Novidades

Mais terapias: Massagem ayurvédica; Massagem Shiatsu; Cranio-Sacral; Massagem localizada de Recuperação; Reflexologia Mãos e Pés; Drenagem Linfática


Banho de Som Taças tibetanas e outros instrumentos ancestrais ao serviço da harmonização e relaxamento Sessões individuais ou colectivas, com o terapeuta Paulo Raposo, co-criador da terapia Com marcação prévia


Acordo com Forças de Segurança e Sindicato dos Jornalistas Sócios e familiares do Sindicato da Polícia de Segurança Pública (ASPP)e do Sindicato dos JornalistasCondições especiais Com marcação prévia

SERVIÇOS CLÍNICOS

Acupunctura
TuiNa (Massagem terapêutica ou relaxante)
Drenagem Linfática Manual
Reflexologia dos Pés e Mãos
Shiatsu
Dietética
Fitoterapia
Ventosaterapia

Auriculoterapia
QiGong/Tai Chi (Ginástica energética)

Acupunctura Estética
Ioga
Massagem de Som

Massagem localizada de recuperação, Enfermagem, aliando os conceitos das medicina oriental e ocidental